Wagner Borges: O beijo do Eterno.


Quem poderá impedir o beijo de Brahman (1) num coração ferido?
Ou as ondas de um Grande Amor chegando às praias da alma adormecida?
O homem tateia pelo mundo, emaranhado no cipoal de suas emoções densas, e perdido em si mesmo. Sua mente lhe diz que só o visível é real, e seus sentidos só percebem as coisas do mundo físico.
Então, seu coração se perde em devaneios emocionais e no vazio existencial.
E, nas bordas de sua aura (2), seres infelizes se infiltram em sua natureza psíquica e fomentam dissensões e perturbações variadas; pois o semelhante atrai o semelhante!
E que poder do mundo poderá dissolver tal simbiose psíquica e deletéria?
Que médico poderá curar um coração ferido?
Que advogado poderá defender seu cliente de demandas invisíveis?
Que bombeiro poderá apagar o fogo do desespero dentro de alguém?
Que policial poderá prender os agentes invisíveis que promovem tantas discórdias sem que o mundo veja?
Que poder político poderá promulgar alguma lei ou decreto que impeça os homens de serem infelizes e de atraírem para o seu perímetro vital a presença de seres extrafísicos deletérios?
Não, não há nada do mundo dos homens que possa dissolver os malefícios ocultos que tanto machucam sua natureza psíquica.
Só o beijo secreto de um Grande Amor pode curar o coração de suas feridas secretas.
Só um Grande Amor pode curar a alma de suas pequenas emoções e seus pensamentos medíocres.
Só um Grande Amor pode curar os espíritos infelizes e levá-los para novos rumos no infinito…
Só o beijo do Eterno pode apaziguar o que é temporário.
Só a Luz é capaz de erradicar as trevas do ego.
Então, diante dos assédios espirituais, cabe ao homem erguer seus pensamentos ao Eterno e abrir seu coração para a cura propiciada pelo Grande Amor que está em tudo.
Diante do mal, a prece real.
Diante da aflição, Consciência e Amor.
Diante da dor, paciência e compreensão.
Diante de si mesmo, reflexão e serenidade.
Só o beijo de Brahman cura o homem de suas desarmonias e dores.
Ah, só um Grande Amor é capaz de recuperar uma alma perdida, na Terra e além… Então, que os corações de todos estejam abertos para o Grande Carinho de suas existências: o beijo de Brahman!
Porque, quando há um Grande Amor, tudo muda.
Sim, quem poderá impedir o beijo do Eterno na alma adormecida?
É só o Amor que nos leva…

Paz e Luz.

Wagner Borges ☼ – aprendiz da arte de viver…
São Paulo, 22 de agosto de 2009.

– Notas:
1. Brahman – do sânscrito – O Supremo; O Grande Arquiteto Do Universo; Deus; O Amor Maior Que Gera a Vida. Na verdade, O Supremo não é homem ou mulher, mas pura consciência, além de toda forma. Por isso, tanto faz chamá-Lo de Pai Celestial ou de Mãe Divina. Ele é Pai-Mãe de todos.
2. Aura – do latim, sopro de ar – halo luminoso de distintas cores que envolve o corpo físico e que reflete, energeticamente, o que o indivíduo pensa, sente e vivencia no seu mundo íntimo; psicosfera; campo energético.

Wagner Borges – nascido no Rio de Janeiro em setembro de 1961 – é pesquisador espiritualista, projetor extrafísico, conferencista, consultor da Revista UFO e colaborador de várias outras revistas como, Sexto Sentido, Espiritismo e Ciência, Revista Cristã de Espiritismo, Caminho Espiritual, e também do Jornal O Legado.

É escritor – autor de onze livros dentro da temática projetiva e espiritual, dentre eles a série “Viagem Espiritual”, sobre as experiências fora do corpo.
É colunista de vários sites na Internet: SomosTodosUm , Revista Sexto Sentido, Revista Caminho Espiritual, Revista Cristã de Espiritismo, site IPPB: www.ippb.org.br, dentre outros.
É radialista – apresentador do programa “Viagem Espiritual”, na Rádio Mundial de São Paulo – 95.7 FM.

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